tag:blogger.com,1999:blog-3317084724038956006.post4893196207491179748..comments2024-02-14T22:29:19.874-03:00Comments on Escola de Pais: Quem transgride realmente?Betahttp://www.blogger.com/profile/07587955460988992322noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-3317084724038956006.post-15559191604696577012011-07-06T18:06:28.083-03:002011-07-06T18:06:28.083-03:00Caro Felipe, bom dia
Em primeiro lugar, explico...Caro Felipe, bom dia<br /> Em primeiro lugar, explico a demora em responder. Fui às coordenadoras para saber mais exatamente o que aconteceu e tomar pé da situação através da visão geral, e não da minha em particular, democratizando assim a informação.<br /> Em segundo lugar, agradeço sua atitude participativa, porque isso é altamente desejável, entrelaçando concepções e aperfeiçoando sempre o processo educacional, missão maior de todos nós, pais e educadores.<br /> Quanto a questão em si, referente ao tipo de música cantada e a coreografia realizada, gostaria de trazer dois ou três aspectos da criação de uma festa típica e o motivo porque podem acontecer, em certos casos, sensações como a sua.<br /> Mobilizar crianças pequenas para uma festa onde a música, a fantasia e o movimento são agradáveis e motivantes é uma coisa relativamente fácil. No entanto, depois do Operatório Concreto, as coisas vão ficando mais difíceis, até porque a conotação da festa tem uma rejeição preconceituosa da parte de pré-adolescentes e adolescentes. Coisas como "ridículo" ou "maior mico" são ouvidas constantemente como adjetivos para esse tipo de festa. Assim, para quebrar essa resistência, é preciso criar uma linha de negociação, onde cedemos até um certo ponto e bloqueamos outros tantos. Nessa negociação, o professor traz uma série de sugestões e músicas e acata as sugestões dos seus alunos, formando assim um ambiente democrático, estimulando a discussão e obtendo um resultado de maioria por uma determinada música. <br /> De fato, a música é de duplo sentido, mas mesmo subliminar, sua ação danosa sobre os pequenos é nula, tendo em conta que só se consegue ver aquilo para o que temos esquema. Muito já se discutiu sobre a "erotização infantil", quando isso na verdade não existe. Nos adolescentes, essa pretensa compreensão do duplo sentido da música tenta estabelecer um rito de passagem, demonstrando que eles já saíram da infância e estão se tornando adultos. É um esforço do indivíduo para entrar no mundo que eles consideram livre de restrições, etc.<br /> Os professores, portanto, não impõem suas "preferências estéticas pessoais e nem pretendem, portanto, passa-las às crianças, caso contrário não seria educadores e por consequência não estariam trabalhando na Chave do Tamanho. Explicitamente, fazem um trabalho de mobilização para que os adolescentes participem ativamente de uma festa que, por preconceitos diversos, seria extinta do repertório de opções deles, impedindo-os de conhecerem uma manifestação cultural importante.<br /> Se houver mais alguma questão que você gostaria de discutir, peço que entre em contato comigo diretamente para dirimir qualquer dúvida a respeito, além, é claro de contribuir com seus comentários no blog, o que sempre é desejável e estimulante para o debate.<br />BetaBetahttps://www.blogger.com/profile/07587955460988992322noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-3317084724038956006.post-79051782808079219422011-07-03T20:16:13.236-03:002011-07-03T20:16:13.236-03:00Beta,
boa noite.
Entendo e concordo com seus po...Beta,<br /><br />boa noite. <br /><br />Entendo e concordo com seus pontos, mas creio que a escola tenha também o papel de não promover uma demolição subliminar de certas regras morais, ainda que por falta de atenção ao detalhe.<br /><br />Hoje, na festa junina, tivemos a surpresa triste de ver crianças cantando em alto e bm som o seguinte refrão de uma música(?) escohida pela professora para a apresentação da quadrilha:<br /><br />"O jeito é, dar uma fugida com você. Se você quer saber o que vai acontecer. Primeiro a gente foge depois a gente vê". <br /><br />Cantem rápido e vejam o resultado fonético. Não apenas não é adequado ao contexto de uma festa junina (pagode e sertanejo são necessários, existindo tantas canções juninas tradicionais?), familiar, como também promove um trocdilho de conotação sexual, de gosto duvidoso.<br /><br />Ver as crianças repetindo esse refrão ao longo de um mês (e quem sabe por quanto tempo mais), estimulados pelas próprias professoras não me parece ser produtivo sob o ponto de vista educativo. <br /><br />Da mesma forma que essa música entrou no convivio dos pequenos alunos, a coreografia (reproduzida pela professora durante a apresentação) também não apresenta características que as façam entender melhor as raizes folclóricas da festa.<br /><br />Acredito ser necessário uma conversa com as professoras quanto ao teor de suas preferências estéticas pessoais, que são passadas às crianças de forma subliminar. E, infelizmente, também de forma explícita, atreladas as atividades escolares.<br /><br />Cordialmente,<br /><br />Felipe Barcellos, jornalista e criador de imagens.<br />Pai das alunas Lia e Dora.Felipe Bhttps://www.blogger.com/profile/17875414749334510982noreply@blogger.com