A crise da educação que assombra quase todos os países do mundo não pode ser resolvida somente dentro da sala de aula. Nem mesmo se tivéssemos um computador em cada sala ligado na internet. Nosso grande trabalho como educadores é mostrar, dentro da sala de aula, como será estar fora dela para os seus alunos, mas os professores não sabem como será, pois não lêem ficção cientifica (como indica o prof. Lauro de Oliveira Lima em seu livro Mutações em Educação segundo McLunhan). Como podem saber como será o futuro se não vivem nem o presente, pois não assinam nenhum periódico, não compram livros e não tem tempo de se atualizar. O que vemos são gerações e mais gerações entrando no sistema de produção de escolas ultrapassadas, com trabalho rotineiro e repetitivo e depois submetidas a testes-padrão para ver se entraram na forma (formatura) – por exemplo, através do IDEB.
Temos que pensar que muitas coisas da escola não devem ter hora nem lugar e devem acontecer fora dos muros da escola. Mesmo os computadores dentro das salas não desempenham o papel pedagógico já que os mestres sabem menos deles do que seus alunos. Devemos, pois, pensar em reestruturação pedagógica em seus métodos; uma reformulação de base. Em vez de muitos computadores e TVs, vamos fazer com que os alunos façam seus vídeos e programas - eles devem ser os agentes da aprendizagem. A mídia não pode mais ser ignorada como queriam os antigos educadores.
Temos que ter consciência de que ela entra de todas as formas e atinge em cheio nossos alunos. Temos que trabalhar é a visão critica sobre o que recebem da mídia. Discutir, avaliar em Dinâmica de Grupo. Temos que formar nossos professores, que hoje em dia sabem menos que os pais e muitos membros da comunidade. Os pais tem que ser atraídos para o processo educacional trazendo para dentro do ambiente escolar suas experiências e a realidade que esta fora da escola. Pessoas em geral da comunidade devem participar ativamente do processo, não podendo ficar a escola a margem da sociedade. Todos os especialistas devem contribuir com a escola e deve o professor ficar livre para fazer propostas (Situações-Problemas) que realmente desafiem seus alunos, sem uma preocupação de conteúdos ultrapassados. A escola, como modelo industrial, funcionou para nossos pais e avós, que estavam na era industrial, mas agora teremos que propor algo de muito novo, pois este modelo é um desastre para nossas crianças, já que a base da economia se desloca da indústria para o CONHECIMENTO.
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