quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Criatividade ...

Uma das boas coisas de uma viagem é andar. Quase não temos tempo para isso no dia a dia corrido, e andar por andar, observando as coisas, pensando sobre o que está sendo visto, analisando detalhes, faz um bem enorme à alma – e ao corpo, evidentemente. Andamos muito nessa viagem, e isso foi realmente motivo para grandes descobertas pessoais.
Por exemplo, estava com o João Pedro, meu filho, andando lado a lado em silêncio, quando ele me sai com uma destas:
- Mãe, você já me disse antes que o vale é o conhecimento, que não adianta ter muito informação porque elas estão disponíveis, por exemplo, nesse computador que estou levando aqui, debaixo do braço. É uma verdade. Eu sento em qualquer lugar que tenha WiFi e fico sabendo o que eu quiser. No entanto, usar isso para alguma coisa depende de mim, do que eu sou capaz de fazer com essas informações né ...
Eu perguntei sobre o que ele estava pensando ao dizer tais coisas porque fiquei admirada com aquela reflexão, e ele respondeu:
- Olha mãe, para ser alguém vou ter que ser criativo mesmo, não é? Inventar, criar, inovar, isso é que vai ser o diferencial.
Comentou comigo sobre algumas coisas que ele tinha visto aqui nos USA, como as famosas sandálias CROCS. Fazem um sucesso tremendo, constatou ele, e disse depois que ficou impressionado como essas coisas nascem de uma idéia e ... pronto. Fiquei orgulhosa, porque notei que ele já sabe como conduzir o aprendizado dele.
O que gostaria de dizer para os pais é que preocupem-se muito com a criatividade de seus filhos e com a forma de abordagem que eles têm do conhecimento. Estamos em plena Era do Conhecimento, mas o que leva ao desenvolvimento pessoal não são conhecimentos formais, já institucionalizados, mas sim a abordagem criativa que o jovem deve fazer sobre esse conhecimento, como retratou bem o João em seu insight.
É de fundamental importância submetermos nossos filhos – ou alunos – a novas situações onde eles tenham que solucionar pequenos problemas, que provoquem reequilibrações em seus conhecimentos. O que devemos ensinar então?!
INTELIGÊNCIA é a única coisa que ficará como ferramenta para que eles enfrentem as novidades que virão em velocidades cada vez mais impressionantes, a partir do desenvolvimento da sociedade como um todo. E o desenvolvimento da inteligência, junto com o da MORAL, cria seres humanos mais sensíveis à trajetória daqueles que não tiveram oportunidades adequadas, evitando o preconceito e, mais do que isso, tornando-os solidários.
João já descobriu que o futuro está ligado à criatividade. Temos que trabalhar com as crianças no sentido de desenvolver as idéias criativas. O mercado de trabalho procura a criatividade como a qualidade mais desejada e mais difícil de ser encontrada e as empresas notam a grande dificuldade que é desenvolve-la. Ela não é inata (dom), por isso e necessário desenvolver nas crianças, desde a mais tenra idade. Precisamos de um método pedagógico para este trabalho. A dinâmica de grupo e a metodologia da criatividade andam de mãos dadas. Só o grupo desafia a inteligência a inventar novos meios de resolução dos problemas. Só o grupo promove uma equilibrarão majorante. Não podemos pensar, no século XXI, que a inteligência seja medida pelos antigos testes de QI totalmente obsoletos. Devemos testar a inteligência com as provas Piagetianas, que nos darão a parte criativa desta inteligência. Sabemos também que os criativos são mais felizes. Vamos então propor as crianças e adolescentes atividades criativas e jogos, para que sejam felizes e encontrem um espaço ideal para se realizarem na sociedade.

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