quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Matemática: dever da escola, na escola

  
Nunca é demais voltar ao tema “dever de casa” para que pais e professores sejam alertados de que essa atividade é lúdica, visando tão somente a “presença da escola” entre as crianças e jovens, durante o período em que permanecem em casa. Não se presta para ensinar nada, porque ensinar é papel que a escola desempenha.
   Numa longa reportagem do jornal O GLOBO (29 de agosto de 2011), é sugerido que as crianças não aprendem a matemática porque seus pais não os ajudam a fazer o dever de casa, chegando a dizer que: “lição de matemática tem que incluir pai e filho”. Ao contrário!!!! Lição de matemática tem que ser feita na escola! Isso porque os pais, na maioria das vezes, não têm formação adequada para essa tarefa. A missão dos pais é criar o ambiente de estudo, material  e tempo para que seus filhos realizem as tarefas. Não cabe a eles saber ensinar. O que não entendo é essa tentativa de transferência para os pais de uma obrigação específica da escola. Acredito que é porque os professores, não sabendo matemática, ficam impedidos de apresentar aos seus alunos o fantástico universo dessa matéria.
Sim, porque a vida É matemática. Tudo o que pensamos é matemática, e as escolas só têm que ensinar realmente isso: PENSAR
   Na experiência prática de direção de escolas, observo que a maioria dos professores não conhece os materiais básicos para o ensino da matemática e ficam centrados no lápis e papel. No entanto latas, pedras, caixas, folhas etc. podem ser usados. Não é preciso usar materiais formais e estruturados apenas. Os professores precisam ser mais bem treinados, porque deles parte a ação direta do ensino da matéria. Para os pais, a orientação deve ser geral sobre o ato de educar, não havendo necessidade de se desenvolver em uma matéria específica. Na prática, o pai deve conversar, ver filmes, jogar e passear com seus filhos. As tarefas de casa acabam sendo altamente desgastante para eles.
Tarefas para serem feitas em casa são recomendáveis, mas devem ser estruturadas para que os jovens possam realizar a atividade sem acompanhante. Nesse momento, precisamos trabalhar a independitização deles. Por que culpar as famílias por algo que é responsabilidade absoluta da escola? Reforço aqui que não é responsabilidade das famílias ensinar, e por isso chamo a atenção para que sejam responsabilizados aqueles a quem é dada a missão.
   Quando centramos o ensino de matemática nos algoritmos em vez de centrar no nível de desenvolvimento da criança, certamente não obtemos resultados adequados ou minimamente desejáveis de aprendizado. Se a criança não conservou o comprimento, não entenderá as medidas. Se não conservou o peso, não há como aprender como medi-lo. Volume então, nem pensar. E Piaget já deu todos esses indicadores para os educadores, através de avaliações simples que cada professor poderia fazer em sua sala de aula. Depois de ver o nível de compreensão de seus alunos, proporia situações problemas baseadas nisso. E aí sim, estaria cumprindo sua missão maior.
   O problema é ainda termos professores de matemática defendendo o ensino da tabuada... Mantendo-se perigosamente arraigados a um mudo que já passou. E passou há muito tempo! Entendam professores, que já estamos trabalhando com alunos das gerações X, Y, XY e em breve Alpha. Nativos digitais, que vão viver em mundo totalmente diferente.
   Abaixo, alguns materiais que podem tornar o ensino de matemática algo muito mais interessante para jovens e crianças. Vamos discutir mais sobre eles.




Um comentário:

Tiago Velasco disse...

Oi, Beta, tudo bem?

Lembra-se de mim? Eu era da sala do pepeu, João Pedro, Alan, Antônio e tantos outros.

Li no site da Chave que vocês estão querendo saber de nossa pordução intelecutal, né? Recorda que você foi no lançamento do meu livro de cntos há três anos? De lá para cá, terminei o mestrado em Comunicação e Cultura na UFRJ. Minha dissertação, sobre cultura pop, também virou um livro, que, no mento, tenho divulgado sempre que minhas atribuições permitem.

Bem, como sou jornalista, acho que reunir minhas matérias publicadasserá um tanto quanto trabalhoso,afinal, é a minha ocupação principal. Mas, se quiserem, posso tentar selecionar as mais bacanas...

Além de jornalista e escritor, estou dando aula de jornalismo na Unipli, uma faculdade particular de Niterói. É o meu início como educador. Junto com a escrita de ficção é o que mais gosto de fazer.

E essa adoração pela educação foi plantada, sem dúvida, nos meus anos de Chave. Tenho muito orgulho da formação que tive aí. Se hoje escrevo de forma criativa, gosto de ler e consigo desenvolver raciocínios lógicos, independentemente da linguagem, há uma grande parcela de "culpa" da Chave.

Bem, mas como posso enviar o meu material a vocês? O seu email voltou, há algum outro? Podem contar comigo no que eu puder colaborar.

Bjs,