domingo, 10 de outubro de 2010

Estamos "economizando" a Educação


Li em um jornal que temos um novo Secretario de Educação no Estado do Rio de Janeiro. Veja só, é um economista que afirma que, para ele, a Educação é um NEGÓCIO. E fala achando-se um grande executivo que vai da um jeito nestas criancinhas que não querem aprender e ficam atrapalhando as estatísticas do seu governador.
São mais quatro anos onde vamos ter um secretário de educação que nada entende da material. Por que nossa Secretaria é tão desprestigiada? Se os economistas estão tomando todos os espaços, será que é porque tudo se traduz em NEGÓCIO? O dinheiro vai suplantar as idéias, as metodologias e a liberdade? O que este senhor sabe de educação? Vamos fazer uma sabatina para ver? Quando se vai escolher alguém para ocupar um cargo importante na área econômica do governo federal, os indicados  vão ao Congresso para responderem questões relacionadas a sua área, mas para educação, uma pasta “vagabunda”,  pode ser qualquer um que sirva politicamente aos propósitos do governo. Começa com a linha geral errada (ensino médio). Como pode cuidar do nível do ensino médio, que é o topo da pirâmide, sem ver os problemas que acontecem na base? O nosso problema é a base. Não sabemos fazer ensino básico de qualidade, o que nos leva aos  resultados que todos assistimos. Ninguém sabe nada. Os alunos vão desistindo de nossas péssimas escolas.  Será que esses senhores não poderiam pedir opiniões? Indagar no meio da sociedade quem tem idéias para serem aplicadas? Que tal lerem autores renomados nacionais que vem propondo a longos anos sugestões para nossos problemas atávicos. A ditadura já acabou, mas eles não notaram e continuam no mesmo ritmo, isolando especialistas que poderiam trazer grandes contribuições à nação. Agem ainda como na época do Estado discricionário, quando os militares achavam que de tudo entendiam. A sociedade quer falar! Temos liberdade de imprensa, e uma imprensa que só publica coisas favoráveis aos seus anunciantes. Como manifestar nossa opinião?
Senhor Wilson Risolia, Educação não e um NEGÓCIO. Será que o senhor, como economista, não nota que se assim fosse seria melhor fechar as portas do sistema de ensino,  pois o mesmo não está dando certo há meio século? O fato é que ninguém mantém um negócio no prejuízo por tantos anos. Aposto que se o senhor abrir uma padaria e ela não der lucro no primeiro ano,  o senhor desiste, certo?
Convoque educadores para um seminário para saber as novas tendências de mercado, já que o senhor é da área. Tem que descobrir o que fazer, já que lhe deram um cargo político muito ruim o que demonstra que o senhor não tem prestigio. Nenhum político realmente quer ser secretario de educação, pois educação não dá voto nem poder. Fica relegado ao segundo plano.
Será que vamos ficar dando computadores aos alunos sem treinar os professores ou mudar a metodologia que não esta dando certo?
Para sabermos qual o seu conhecimento no que diz respeito a pasta que vai ocupar, gostaria de deixar aqui algumas perguntas ao Senhor Secretário de Educação:
1)    Qual a metodologia utilizada nas Escolas Públicas do Rio de Janeiro?
2)    Qual a linha epistemológica em que esta baseada?
3)    Qual o número ideal de alunos para trabalhar com uma boa dinâmica nos grupo?
4)    Qual o nível de desenvolvimento que as crianças devem ter para serem alfabetizadas?
5)    Qual o nível de desenvolvimento para irem para a 2ª. Fase do fundamental?
6)    Qual a capacitação emergencial que deveria ser dada ao professorado para uma mudança de paradigma?
7)    Como deveriam ser escolhidas as direções das escolas, utilizando a Liderança Emergencial?
8)    Qual a verdadeira função das escolas técnicas no sistema educacional?
9)    Porque estamos tão atrasados no ranking mundial?
10)    Que trabalho deveria ser feito para ensejar o desenvolvimento da Moral em nossas escolas?
Beta

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