sábado, 8 de janeiro de 2011

Chegou a Hora H

 Chegou a hora.
Nosso Ministro da Educação, Fernando Haddad,  vai conversar com a Presidente e expor  um plano de educação. Vamos alertar ao ministro para coisas que talvez não estejam sendo pensadas e precisam ser revistas.
1)    Década do Professor – Fantástico, e já era hora. Mas vamos aqui dar uma contribuição sobre o que fazer. Não adianta fazer uma prova nacional. Já sabemos que os professores estão fracos e que a formação deixa a desejar. Vamos incrementar o treinamento. Só pode começar a trabalhar com crianças e adolescentes quem passar por um curso de reciclagem de 2 meses (intensivo). Programa feito pelas maiores cabeças do país e disponibilizado para que a categoria profissional possa definir o que será estudado. Estudo básico de pedagogia. É fundamental aprender a dar aula usando Dinâmica de Grupo, por ser o que existe de mais avançado em termos de técnica de trabalho. Vamos fazê-los dar aulas, filmar e promover uma grande troca de experiências pelo país afora. Do Amazonas ao Rio Grande do Sul cada professor poderá ver seus colegas treinando, o que serve para a grande “tomada de consciência” do que está sendo realizado.
2)    Ensino Médio em tempo integral – Vamos pensar: teremos um problema de evasão escolar nessa fase,  já que os alunos já estarão preocupados com o trabalho e as famílias que procuram as escolas publicas tem esta demanda, devido questões economicas. Temos que pensar com clareza que o horário integral deverá estar voltado para as séries preliminares do ensino fundamental. Por que não colocar o ensino profissionalizante dentro da carga horária já existente? É totalmente viável a redistribuição de horário para esta atividade.
3)    Como atrair os melhores para a educação? O Ministro não respondeu e precisamos de uma colocação objetiva. Temos que pagar melhor é claro! Mas não é só. Precisamos dar condições de trabalho para que os professores possam ter uma dedicação objetiva. Não deixar ficar algo massificado. O professor deve ser visto como único e formador de opinião. Confiar na formação que deve ser dada a eles e retribuir, através de uma biblioteca básica da área em todas as escolas, para promover leituras.
4)    Prova Nacional – Pode ser feita como uma forma de dar a largada para o aperfeiçoamento, mas deve ser mais rápido. Por que perder um ano (2012)? Vamos à luta, porque não temos tempo a perder. Um ano na vida dos adultos equivale a 3/4 anos na vida das crianças. Vamos iniciar pequenos projetos em cada escola. Vamos eleger os diretores, fazer grupos de estudo com professores coordenadores de cada área dentro das escolas. Vamos levar os pais a contribuírem com  suas experiências– conhecer e serem conhecidos pelos educadores de seus filhos.
5)    Vamos começar a redigir manuais de instrução para os professores. Lá eles teriam, além do conteúdo para cada nível, as atividades que obrigatoriamente devem ver colocadas para os alunos em todas as fases do desenvolvimento.

Este é um breve apelo de uma Professora que vem fazendo escola a mais de 40 anos e acha que está na hora de todos darem sua contribuição para que nosso pais possa enfrentar as adversidades que virão inevitavelmente, se continuarmos a nos desenvolver sem infra-estrutura educacional.


Ana Elisabeth Oliveira Lima

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