O BEM E O MAL (Moral)

"Não há liberdade sem inteligência" (Albert Camus - 1945)

A criança pequena não tem a mínima noção do bem e do mal, da justiça e injustiça, da verdade e da mentira: estas noções vão aparecendo e transformando-se ao mesmo tempo em que se processa o desenvolvimento mental (pode-se medir o nível mental do indivíduo -- mesmo adulto -- pela noção que ele tem de pecado, justiça e verdade). Para a criança de 6/7/8 anos é mais grave dizer que "viu um elefante voar " que "falsificar as notas do boletim escolar"(J. Piaget), isto porque, um elefante voar é um absurdo ... A conversa dos pais com os filhos sobre estes problemas é mais ou menos "esquizofrênica..." Desta forma, todos os fatos ocorridos no recanto ou no recreio que envolvam estas noções, são discutidos com as crianças cada uma opinando sobre o que é CERTO ou ERRADO (moral). Aos poucos, do conflito das opiniões, vão surgindo as regras morais de convivência (veracidade, lealdade, justiça, bem comum, etc.) Para J. Piaget a moral regula as relações interpessoais (entre dois ou mais indivíduos concretos e bem identificados). Das regras morais, já no começo da adolescência, a criança passa às regras jurídicas (direito) que regem as relações comunitárias e independem dos sujeito concretos e identificados (relações transpessoais: não importa quem seja o titular do direito).
1) na anomia impossível determinar
o juízo moral;
2) na heteronomia Piaget notou o realismo moral com três características bem definidas:
a) é considerado bom todo ato que revela uma obediência às regras ou aos adultos que a impuseram,
b) interpreta as regras ao pé da letra,
c) não julga pela intencionalidade daqueles que agiram, mas pelas conseqüências dos atos.
3) na autonomia surge a autonomia moral 9/10 anos se inverte o realismo moral, começando então a julgar pela intencionalidade da falta cometida.

Piaget dedica longos estudos à compreensão da criança quanto a justiça.

Beta