Paradoxalmente, é esse mesmo professor que não quer ser avaliado, como estamos podendo observar pelas reações que são diariamente expostas na mídia. É ele quem questiona, mas não quer ser questionado, o que é muito grave. Em lógica, é a “contradição performativa”, mas é provável que eles não saibam disso.
Na realidade, o Brasil precisa é de uma massa de professores que se rebele contra a maneira como são acolhidos pela sociedade. Professor tinha que ser algo altamente valorizado, recebendo acesso a cultura, treinamentos, atualizações permanentes. Pedagogia é coisa muito importante para ser um curso escolhido como alternativa y, para boa parte das pessoas. Quando tudo o mais dá errado, eis que surge a alternativa de fazer Pedagogia, porque sempre vai dar para “ganhar um dinheirinho dando umas aulas”. Ser professor deveria ser sublime. Um sacerdócio, como é categorizada a Medicina para muitos.
Sem Educação, uma sociedade não funciona, a democracia não floresce, a economia entra em colapso ou fica estagnada em patamares cruéis. Sem Educação, prevalece a idéia de “treinar” o homem para que ele possa garantir seu prato de comida, porque quem se transforma num indivíduo com essa perspectiva menor, transforma-se em massa de manobra para governos autoritários. Não podemos viver de “cestas básicas”, nem as alimentares nem as educacionais. Precisamos e merecemos muito mais do que isso, e num país com a pujança do nosso, é um crime negar à população o direito de transcender seus limites sociais.
Mudar é uma coisa difícil para um governante, nós sabemos. É preciso uma carga de idealismo muito grande, uma dimensão maior de humanidade, para fazer essa mudança quando se dirigem os destinos de uma unidade federativa ou de uma nação. Por isso somos nós, professores, os verdadeiros agentes da mudança, seja educando cada vez melhor nossos alunos, matriz do futuro de nossa nação, seja incutindo valores e padrões morais que permitam a eles enxergar um destino melhor, a que tem direito
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