Este e o titulo provocativo do livro que estará sendo lançado no Brasil. Seu autor um jovem David Harsanyi (colunista do jornal “The Denver Post”), como Walter Williams é contra políticas intervencionistas e a favor das liberdades individuais. Seu livro será lançado em São Paulo e no Rio fará conferencia no Seminário “Democracia & Liberdade de Expressão”.
Interessante é que o autor defende idéias que são politicamente incorretas. Acha que o Estado não pode intervir diretamente em áreas que as decisões são individuais. Por exemplo, se pode ou não fumar em áreas publicas ou privadas, pois considera que os fumantes ou não fumantes deveriam procurar os locais que fossem próprios para eles. Os restaurantes deveriam ter a possibilidade de decidir se podem ter fumantes ou não em suas dependências, e as pessoas escolheriam se ficam em que tipo de restaurante. Todos os assuntos polêmicos como cinto de segurança em carros, alimentos saudáveis ou mesmo os cigarros são abordados na obra. Ficaria ao Estado tratar do problema de forma indicativa, tratando dos riscos e implicações das decisões, mas nunca proibindo através de leis.
Ele acusa o estado de transformar cidadãos em crianças mimadas e vitimizadas, com intromissões nocivas aos direitos individuais.
Fiquei imaginando se ele soubesse que no Brasil o estado tem legislado até dentro dos lares brasileiros quando cria uma lei da palmada. Não será que o Estado usa a Lei para assuntos que deveriam ter sido trabalhados na área da Educação? Um povo educado não bate em suas crianças, nem nas mulheres (Lei Maria da Penha) a não ser que o indivíduo que comete esse tipo de barbaridade seja uma pessoa doente (mental).
Esta critica que o autor faz é baseada no paternalismo e intervencionismo que o Estado pratica sobre seus cidadãos, e olha que a critica dele é sobre os Estados Unidos, seu país.
Fico muito preocupada com essas intervenções do Estado. A questão não é só de intensidade ou conveniência, mas sim da possibilidade de aprofundamento das mesmas até os níveis mais indesejados. O Estado, de fato, tem que trabalhar principalmente na melhoria da Educação, e o trabalho com a MORAL das crianças é essencial, provavelmente a única forma de termos no futuro uma sociedade independente e que saiba eleger seus representantes e escolher seu caminho. O intervencionismo, nos níveis que hoje são praticados, mais vigia o cidadão do que o torna um parceiro. Quando se cria uma Lei, cria-se também a necessidade de um sistema de vigilância e controle para que as coisas aconteçam como foi determinado por ela, e isso é constrangedor quando a situação é de âmbito muito pessoal. Vamos ter que chegar a moral da cooperação onde todos cuidam de todos e todos decidem através de seus representantes o que querem para a sociedade em que vivem.
É muito importante decidirmos em que sociedade queremos viver, até porque os meios de comunicação paralelos (internet) podem hoje ajudar tremendamente a informar diretamente sem passar pela grande mídia. Através dela, como estamos vendo pelo noticiário, tudo é possível.
Um comentário:
Fico imaginando se o Estado fosse a nossa casa e os cidadãos nossos filhos... Cabe a eles ir ou não à escola, fumar ou não maconha, obedecer e respeitar outras pessoas... Seria o início de um caos.
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