segunda-feira, 30 de abril de 2012

Quem queremos formar?


Consciência do efeito formador de nossas ações sobre as crianças


“Quem se propõe a educar admite, implícita  e necessariamente, que a natureza humana, em seu sentido sociológico, é modificável; que a constituição  progressiva da personalidade se processa com ampla plasticidade, permitindo ao educador interferir  no processo, restando saber apenas a forma e a profundidade dessa intervenção; que se pode guiar o crescimento e a maturação  para alguma “forma” que corresponda a determinado ideal de homem. Sendo ideal, esta “visão de homem” é aspiração que se apoia na constatação das possibilidades de aperfeiçoamento progressivo, visível na natureza em geral.” Lauro de Oliveira Lima – Educar para a Comunidade
Sabendo disso nós, os educadores e pais, devemos estar conscientes do efeito formador que nossas ações terão sobre as crianças e adolescentes. Os pais, pois, não podem, como os professores, desconhecerem os níveis de desenvolvimento pelos quais seus filhos passam para poder atender as solicitações que cada nível requer.
Vendo um bebe recém-nascido, tomamos consciência de que o desenvolvimento é gradual e lento. Temos que oferecer as condições e aguardar que a criança faça as assimilações e acomodações necessárias ao seu nível. Os bebes não sabem nem mamar ao nascer. Sabem sugar como um reflexo e devemos aguardar que aprenda a mamar mesmo sacrificando e muito sua mãe.
Sabemos que temos a constituição biológica que não vai ser alterada e que apenas vai interagir com o meio. As modificações vão ficar a cargo do psicológico e sociológico.
Para ter um bom encaminhamento do desenvolvimento, precisamos definir, de forma objetiva, que homem queremos formar, para que todo nosso esforço vá em uma só direção. Não devemos esquecer que esta visão devera ser traduzida em ações. Tudo que nós fazemos será observado pelas crianças que estamos educando. Não podemos ter pais transgressores com crianças em busca de  desenvolvimento correto. As crianças vão copiar aquilo que elas estão vendo em seus pais e educadores. Daí a grande importância dos pais conhecerem cuidadosamente a ideologia das escolas que escolhem para seus filhos. A ideia inicial era que a escola apenas transmitia conhecimentos, daí não ter a menor importância a ideologia, mas hoje sabemos que a influencia das escolas é bem maior. As famílias não estão mais em casa educando seus filhos. Estão no mercado de produção e, muitas vezes, deixam ao encargo de terceiros esta educação e, quando são muito esclarecidos, a cargo das escolas.
Todas as pessoas que lidam com as crianças vão ter uma interferência em graus diferenciados na formação delas. Temos então que saber com quem nossos filhos vão conviver.

Um comentário:

Anônimo disse...

Prezada Dona Betas
Sou o Professor Marcelo Claudio ,quem teve a enorme oportunidade de trabalhar com vcs nas aulas de Espanhol na antiga sede da Gávea. Guardo uma lembranca marcada desses anos que nao vou esquecer já que permitiu o meu crescimento como pessoa e profissional.
Envio um fraternar carinho para todos e lhe informo que sou um leitor asiduo do blog.
Afetuosamente