quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Na Linha da Mediocridade


Novo ano escolar começando e a falta de esperança, também. Não temos mudanças substanciais. Troca de ministro e de cargos, mas nada muda no sistema geral e não saímos da linha da mediocridade. Se o Brasil começar agora a colocar a educação entre suas prioridades, mesmo assim estaremos atrasados para competir com o mundo globalizado. A visão dos administradores é muito distorcida. Ficamos empolgados com alguns poucos que passam nos exames e se classificam e os milhares que não conseguem parece que não existem. Mesmo os que passam nas provas feitas pelo sistema têm notas muito baixas se comparados aos outros estudantes do mundo. Não conseguimos chegar nem perto dos países desenvolvidos. Mesmo os melhores alunos estão se nivelando por baixo ficando na linha da mediocridade. Os nossos alunos que aparecem nos exames internacionais estão junto dos piores alunos dos países desenvolvidos. Temos que enfrentar este problema de frente. Não adianta fazer exames nacionais e dizer que melhoramos se comparados aos estudantes do mundo somos os piores.
Quais as soluções que devemos pensar? A primeira delas seria a vigilância que deveria ser exercida sobre os professores. Ocorre em muitos países e os nossos professores além de mal formados não prestam contas de seu trabalho, não são cobrados pela produtividade ninguém sabe o que estão ensinando dentro das salas de aula e os resultados apresentados pelos alunos não são considerados como ineficiência dos seus professores. Quem são a maioria dos professores? São os profissionais que ninguém mais quer no mercado. Quem acompanha os currículos que foram propostos? Ninguém. Os livros podem terminar o ano em branco que não haverá nenhuma punição nem avaliação do que não foi feito.
Devemos ir a caça de mestres brilhantes como fez Taiwan que reuniu em seus quadros de docentes algumas das melhores cabeças do país. No Brasil ficamos falando que os salários são a causa, mas os salários do nosso país são muito baixos para todos os profissionais ficando apenas uma nata com salários diferenciados. A melhora do salário tem que ser buscada, mas em conjunto com a melhora dos profissionais que se dedicam ao ensino.
Já temos metodologia científica que deveria ser ensinada a nossos professores. Eles estão ainda no século XIX e não adotaram nem o uso de livros, nem a dinâmica de grupo. Continuam dando aula expositiva e levando até 15 minutos de uma aula para fazer a chamada. Quantos minutos dura realmente uma aula? Alguém sabe? Perdemos muito tempo com a organização e disciplina.

Vamos treinar nossos professores e colocar nossa escola no século XXI.

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