terça-feira, 17 de agosto de 2010
MEC vai recomendar o fim da reprovação
Para reduzir a evasão escolar o plano é que as escolas aprovem todos os alunos dos três primeiros anos do ensino fundamental. EVASÃO não se corrige com aprovação. O melhor ajuste está no treinamento dos professores, preparando-os para não deixar as crianças desmotivadas e escolas sem orientação pedagógica. Escola é para ser um lugar de prazer, onde as crianças queiram estar com seus parceiros de brinquedo. A escola deveria traduzir para as crianças a idéia de que lá e o lugar de jogar. Onde as crianças gostassem de ir não para comer (merenda escolar) mas para encontrar seus parceiros e seus mestres felizes e dispostos a promover a aprendizagem. “Estar na escola é continuar analfabeto”, isto dito por uma secretaria de educação é uma blasfêmia. Porque estes professores não conseguem ensinar crianças a ler? Será a metodologia? Será o treinamento incorreto destes profissionais ou será o descaso com esta população carente que freqüenta nossas escolas públicas. Será que isso ocorre nas classes mais abastadas?
NÃO. Só em casos específicos em virtude de dificuldades de aprendizagem, o que constituem casos esporádicos. Nas nossas escolas públicas são centenas, milhares que ficam nesses estabelecimentos sem fazerem uso real de suas possibilidades. Os menos favorecidos economicamente são também menos favorecidos intelectualmente? Isso não é uma verdade. O que existe é uma falta de vontade política de trabalhar lealmente com estas crianças e colocá-las no mesmo padrão que as classes mais favorecidas. Precisamos criar um sistema educacional eficiente, não baseado em conteúdos para fazer provas, mas em desenvolvimento da inteligência (desenvolvimento mental).
Recomendo enfaticamente a utilização do METODO PSICOGENÉTICO, onde as crianças recebem os conteúdos com que podem trabalhar e todos se alfabetizam e aprendem as quatro operações. Porque não começam? Não há no país um movimento para fazer uma educação de nível sério para o povo. Estamos preocupados com estatísticas e exames. Temos que fazer um plano nacional onde tenhamos que privilegiar os primeiros anos de desenvolvimento para acabar de vez com o analfabetismo e promover o desenvolvimento integral das crianças. Falamos muito no abandono da escola, isso ocorre também nas classes mais favorecidas? NÃO. Logo, é um problema das escolas. Vamos mudar o foco e olhar o que as escolas estão fazendo? Quem são os professores? Qual a formação deles? Qual o empenho em não deixar as crianças fora da escola? Porque não atribuir uma multa ao professor que perder crianças ao longo de seu trabalho? Queremos as crianças na escola, mas a escola tem que ser querida pelas crianças. E a comunidade... Que participação tem nestas escolas? Os pais são convidados a conhecer profundamente a escola? Vamos levá-los também para dentro através de cursos, orientação, palestras deles sobre suas tarefas, dinâmicas de grupo. Integrar pais e mestres para descobrirem juntos como educar. É imperativo formar os professores. Eles devem receber treinamentos permanentes em psicogenética. Não vamos discutir evasão ou repetência. Vamos discutir a escola e a formação dos professores.
Temos que pensar:
1. Numero de alunos em sala;
2. Nível de desenvolvimento mental dos alunos;
3. Planejamento pedagógico baseado no nível mental;
4. Material pedagógico de apoio aos professores;
5. Apoio técnico aos professores;
6. Orientação educacional aos alunos;
7. Material planejado para os alunos e livros paradidáticos;
8. Planejamento da inclusão da comunidade com a escola (comercio e indústria);
9. Desenvolver a direção colegiada, liderança emergencial;
10. Procurar levar as crianças à comunidade, cinema, teatro, clubes, bibliotecas, etc...
Mas a centração deve estar no TREINAMENTO DOS PROFESSORES. Vamos trazê-los para a profissão como algo de respeito e responsabilidade. A atividade não pode ser um lugar apenas para esperar passar a chuva. A responsabilidade de formar as novas gerações deve estar na preocupação dos professores. Devem eles tomar conhecimento de técnicas inovadoras e teorias de educação, para saberem o que pretendem de seu trabalho pedagógico. Todos são responsáveis por todos. “O professor brasileiro não atingiu a galáxia de Gutenberg: utilização do livro. Comporta-se, ainda, como o “lector” medieval que “recitava” pergaminhos e papiros para alunos analfabetos.A biblioteca não é ainda a fonte de informação: transmite suas “mensagens oralmente, como faziam os povos pré-históricos, sem tradição escrita.” Lauro de Oliveira Lima – Mutações em Educação segundo McLunhan
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